
PMDB perde 500 cargos no governo do estado.
Lília de Souza e Rita Conrado, do A TARDE08/08/2009 às 00:32
Três secretarias de Estado, sete órgãos e empresas públicas e aproximadamente 500 cargos na administração. É com este capital político e espaço na máquina pública que o governador Jaques Wagner conta para atrair novos aliados e consolidar sua chapa à reeleição em 2010, após a saída do PMDB de sua base. Nesta sexta,07, concluindo o desembarque peemedebista, o secretário de Ciência e Tecnologia, Ildes Ferreira, ligado ao deputado federal Colbert Martins (PMDB), entregou carta com pedido de exoneração, um dia depois de o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) anunciar o rompimento e chamar o governo Wagner de “medíocre”.
Nesta sexta, o governador se reuniu com seu núcleo político e secretários, já trabalhando na recomposição do governo, mas preferiu não adiantar nomes. Fato é que, com a saída do PMDB, que segunda-feira vai oficializar também o distanciamento da bancada governista no Legislativo, o governador vai partir com força para atrair e fortalecer a relação com legendas como o PDT, PR, PP, PTB, PRB e PSC.
Tudo isso para garantir sua reeleição, com chapa competitiva em 2010, que não sinta o baque da perda de um aliado fundamental para sua vitória em 2006 e que hoje possui 115 prefeituras no Estado e bancada estadual de oito deputados.
Maioria – Além de assegurar que não haverá descontinuidade no governo com a saída do PMDB, o governador minimizou a possibilidade de fragilização de sua base na Assembleia. “Mesmo o PMDB saindo, mantemos uma maioria de membros na nossa base e, a partir daqui, trabalharemos com essa nova realidade, sem nenhum problema”. Aliança de Geddel e Governo do Estado chega ao fim Lília de Souza, do A TARDE Margarida Neide / Agência A TARDE 07/08/2009 às 00:02 Wagner e Geddel durante assinatura de convênio entre governos do Estado e Federal,em março deste ano
O ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) selou definitivamente o rompimento da aliança do PMDB com o PT no Estado, ao classificar nesta quinta, 06, a administração Wagner como “governo medíocre”. Agora, só faltam as exonerações dos dois secretários peemedebistas (Rafael Amoedo, da Indústria e Comércio, e Batista Neves, da Infraestrutura) e do pai de Geddel, Afrísio Vieira Lima, da presidência da Junta Comercial da Bahia (Juceb).
O acirramento na relação entre Geddel e Wagner, que começou a piorar a partir da eleição do ano passado, chegou ao clímax nesta quinta, quando o peemedebista rebateu a nota em que Wagner disparou o seguinte recado: “Não contratei por lote e não reconheço partido político como agência de terceirização de mão-de-obra. Não preciso de intermediários para conversar com os meus secretários. Quando eles me procurarem, conversarei pessoalmente e aceitarei os pedidos de exoneração que me forem apresentados”.
A mensagem do governo, distribuída para a imprensa, foi em resposta a pedido de audiência feito pelo ministro Geddel por telefone para Wagner, com o objetivo de entregar carta com a formalização do afastamento do PMDB da base governista e com os pedidos de exoneração dos cargos que a legenda ocupa na máquina estadual.
Traição – O ministro reagiu às palavras do governador e reafirmou sua autoridade na legenda. “Os secretários não vão procurar o governador porque quando eles foram indicados o governador procurou a mim. Eu telefonei para o governador como um ex-presidente do partido, imaginando que se tratava de um democrata irredutível. Se ele não quis conversar de uma forma como eu gostaria, civilizada, educada, não-passional, vamos protocolar as cartas de demissão dos secretários, que confirmarão a opção política que fizemos há dois anos, quando o PT nos traiu na eleição para a Prefeitura de Salvador”, garantiu o ministro, que, entretanto, preferiu não falar a data para a formalização dos pedidos de exoneração.
“Minha divergência não é com a figura pessoal do governador, é com o governo medíocre que ele vem realizando”, enfatizou Geddel, cuja declarada candidatura ao governo se coloca como possibilidade de um segundo palanque para a disputa presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, na Bahia. “O governador diz que colocar os cargos à disposição é jogo de palavras; para mim, é manifestação política. Mas se o governador e o PT querem um papel, vamos entregar um papel”. A assessoria de comunicação de Wagner disse que não recebeu do PMDB nenhum pedido oficial de audiência.
O desfecho para o fim do casamento entre o PT e o PMDB vem na esteira de uma série de alfinetadas via imprensa, em paralelo com a intensificação dos movimentos de Geddel pelo interior em consulta às bases para a consolidação de sua candidatura, em contraposição ao projeto de reeleição de Wagner. Entre as trocas de farpas, estão as recentes declarações em entrevistas à rádio Tudo FM, em que o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, disse que “daria umas boas palmadas no governo do PT”, e Wagner, por sua vez, disparou que “é melhor ter um adversário leal do que um aliado traidor”.
Wagner não respondeu ao fato de ter o seu governo classificado como “medíocre”, mas o líder do governo, Waldenor Pereira (PT), foi para a ofensiva: “Geddel, além de atingir o governo que ele compõe, trai o projeto do presidente Lula. Antes de Lula, ele foi um parlamentar inexpressivo, apagado, sempre vinculado a Fernando Henrique (ex-presidente pelo PSDB). O PMDB, antes de Wagner, era um partido inexpressivo na Bahia. Por isso, eu considero ele um ingrato”. O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, disse que Geddel “funciona como uma linha auxiliar dos adversários de Lula na Bahia”. PMDB formaliza ruptura com PT e deixa governo na BA Agencia Estado 07/08/2009 às 17:18 A aliança entre PMDB e PT na Bahia, iniciada no segundo turno da eleição municipal de 2004 - quando o atual prefeito, João Henrique Carneiro (PMDB), foi eleito para o primeiro mandato - e que teve como ponto alto a eleição do governador petista Jaques Wagner, em 2006, foi oficialmente terminada na noite de ontem, com a entrega de três cartas formalizando o pedido do partido de sair do governo. De acordo com a liderança do PMDB baiano, as cartas foram entregues depois de o partido tentar agendar uma reunião, "para uma última tentativa de acordo", segundo o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima - pré- candidato do partido ao governo na eleição do ano que vem. "O governador não quis nos receber".
Wagner nega a versão. "Passei a noite administrando a crise da questão da segurança (a PM baiana anunciou que promoveria greve branca a partir de segunda-feira) e, quando cheguei ao Palácio de Ondina (residência oficial do governador), recebi as cartas, que foram deixadas na portaria. Achei estranho." As cartas, dos dois secretários de governo indicados pelo PMDB - de Infraestrutura, Antonio Carlos Batista Neves, e de Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo - e do presidente da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb), Afrísio Vieira Lima (pai de Geddel), apresentam os pedidos de exoneração dos secretários e a disponibilização dos cerca de 100 cargos ocupados pelo partido na máquina estadual.
"Não era o que eu desejava", afirma Wagner. "Eu estava trabalhando pela unidade, seguindo aquilo que o presidente Lula defende, mas a decisão está tomada e às vezes é melhor uma decisão assim do que ficar arrastando a decisão indefinidamente. Até o final da semana, vou trabalhar nas substituições." Para ele, a saída do PMDB do governo não muda a direção da administração estadual, mas altera as relações entre os partidos. "O PMDB deixa de estar no nosso projeto, mas vou continuar trabalhando e me preparar com aqueles que querem estar conosco na caminhada para 2010", afirma. "É um processo natural."
Geddel admite que o PMDB passa a fazer parte da oposição ao governo estadual, apesar de não integrar o bloco formado, principalmente, pelos Democratas, "que tem uma postura diferente", na sua opinião. "Temos claras divergências políticas e administrativas com o governo", avalia o ministro, que chegou a chamar o governo Wagner de "medíocre".
Nesta sexta, o governador se reuniu com seu núcleo político e secretários, já trabalhando na recomposição do governo, mas preferiu não adiantar nomes. Fato é que, com a saída do PMDB, que segunda-feira vai oficializar também o distanciamento da bancada governista no Legislativo, o governador vai partir com força para atrair e fortalecer a relação com legendas como o PDT, PR, PP, PTB, PRB e PSC.
Tudo isso para garantir sua reeleição, com chapa competitiva em 2010, que não sinta o baque da perda de um aliado fundamental para sua vitória em 2006 e que hoje possui 115 prefeituras no Estado e bancada estadual de oito deputados.
Maioria – Além de assegurar que não haverá descontinuidade no governo com a saída do PMDB, o governador minimizou a possibilidade de fragilização de sua base na Assembleia. “Mesmo o PMDB saindo, mantemos uma maioria de membros na nossa base e, a partir daqui, trabalharemos com essa nova realidade, sem nenhum problema”. Aliança de Geddel e Governo do Estado chega ao fim Lília de Souza, do A TARDE Margarida Neide / Agência A TARDE 07/08/2009 às 00:02 Wagner e Geddel durante assinatura de convênio entre governos do Estado e Federal,em março deste ano
O ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) selou definitivamente o rompimento da aliança do PMDB com o PT no Estado, ao classificar nesta quinta, 06, a administração Wagner como “governo medíocre”. Agora, só faltam as exonerações dos dois secretários peemedebistas (Rafael Amoedo, da Indústria e Comércio, e Batista Neves, da Infraestrutura) e do pai de Geddel, Afrísio Vieira Lima, da presidência da Junta Comercial da Bahia (Juceb).
O acirramento na relação entre Geddel e Wagner, que começou a piorar a partir da eleição do ano passado, chegou ao clímax nesta quinta, quando o peemedebista rebateu a nota em que Wagner disparou o seguinte recado: “Não contratei por lote e não reconheço partido político como agência de terceirização de mão-de-obra. Não preciso de intermediários para conversar com os meus secretários. Quando eles me procurarem, conversarei pessoalmente e aceitarei os pedidos de exoneração que me forem apresentados”.
A mensagem do governo, distribuída para a imprensa, foi em resposta a pedido de audiência feito pelo ministro Geddel por telefone para Wagner, com o objetivo de entregar carta com a formalização do afastamento do PMDB da base governista e com os pedidos de exoneração dos cargos que a legenda ocupa na máquina estadual.
Traição – O ministro reagiu às palavras do governador e reafirmou sua autoridade na legenda. “Os secretários não vão procurar o governador porque quando eles foram indicados o governador procurou a mim. Eu telefonei para o governador como um ex-presidente do partido, imaginando que se tratava de um democrata irredutível. Se ele não quis conversar de uma forma como eu gostaria, civilizada, educada, não-passional, vamos protocolar as cartas de demissão dos secretários, que confirmarão a opção política que fizemos há dois anos, quando o PT nos traiu na eleição para a Prefeitura de Salvador”, garantiu o ministro, que, entretanto, preferiu não falar a data para a formalização dos pedidos de exoneração.
“Minha divergência não é com a figura pessoal do governador, é com o governo medíocre que ele vem realizando”, enfatizou Geddel, cuja declarada candidatura ao governo se coloca como possibilidade de um segundo palanque para a disputa presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, na Bahia. “O governador diz que colocar os cargos à disposição é jogo de palavras; para mim, é manifestação política. Mas se o governador e o PT querem um papel, vamos entregar um papel”. A assessoria de comunicação de Wagner disse que não recebeu do PMDB nenhum pedido oficial de audiência.
O desfecho para o fim do casamento entre o PT e o PMDB vem na esteira de uma série de alfinetadas via imprensa, em paralelo com a intensificação dos movimentos de Geddel pelo interior em consulta às bases para a consolidação de sua candidatura, em contraposição ao projeto de reeleição de Wagner. Entre as trocas de farpas, estão as recentes declarações em entrevistas à rádio Tudo FM, em que o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, disse que “daria umas boas palmadas no governo do PT”, e Wagner, por sua vez, disparou que “é melhor ter um adversário leal do que um aliado traidor”.
Wagner não respondeu ao fato de ter o seu governo classificado como “medíocre”, mas o líder do governo, Waldenor Pereira (PT), foi para a ofensiva: “Geddel, além de atingir o governo que ele compõe, trai o projeto do presidente Lula. Antes de Lula, ele foi um parlamentar inexpressivo, apagado, sempre vinculado a Fernando Henrique (ex-presidente pelo PSDB). O PMDB, antes de Wagner, era um partido inexpressivo na Bahia. Por isso, eu considero ele um ingrato”. O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, disse que Geddel “funciona como uma linha auxiliar dos adversários de Lula na Bahia”. PMDB formaliza ruptura com PT e deixa governo na BA Agencia Estado 07/08/2009 às 17:18 A aliança entre PMDB e PT na Bahia, iniciada no segundo turno da eleição municipal de 2004 - quando o atual prefeito, João Henrique Carneiro (PMDB), foi eleito para o primeiro mandato - e que teve como ponto alto a eleição do governador petista Jaques Wagner, em 2006, foi oficialmente terminada na noite de ontem, com a entrega de três cartas formalizando o pedido do partido de sair do governo. De acordo com a liderança do PMDB baiano, as cartas foram entregues depois de o partido tentar agendar uma reunião, "para uma última tentativa de acordo", segundo o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima - pré- candidato do partido ao governo na eleição do ano que vem. "O governador não quis nos receber".
Wagner nega a versão. "Passei a noite administrando a crise da questão da segurança (a PM baiana anunciou que promoveria greve branca a partir de segunda-feira) e, quando cheguei ao Palácio de Ondina (residência oficial do governador), recebi as cartas, que foram deixadas na portaria. Achei estranho." As cartas, dos dois secretários de governo indicados pelo PMDB - de Infraestrutura, Antonio Carlos Batista Neves, e de Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo - e do presidente da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb), Afrísio Vieira Lima (pai de Geddel), apresentam os pedidos de exoneração dos secretários e a disponibilização dos cerca de 100 cargos ocupados pelo partido na máquina estadual.
"Não era o que eu desejava", afirma Wagner. "Eu estava trabalhando pela unidade, seguindo aquilo que o presidente Lula defende, mas a decisão está tomada e às vezes é melhor uma decisão assim do que ficar arrastando a decisão indefinidamente. Até o final da semana, vou trabalhar nas substituições." Para ele, a saída do PMDB do governo não muda a direção da administração estadual, mas altera as relações entre os partidos. "O PMDB deixa de estar no nosso projeto, mas vou continuar trabalhando e me preparar com aqueles que querem estar conosco na caminhada para 2010", afirma. "É um processo natural."
Geddel admite que o PMDB passa a fazer parte da oposição ao governo estadual, apesar de não integrar o bloco formado, principalmente, pelos Democratas, "que tem uma postura diferente", na sua opinião. "Temos claras divergências políticas e administrativas com o governo", avalia o ministro, que chegou a chamar o governo Wagner de "medíocre".
Desejaria saber mais sobre a política em Correntina.
ResponderExcluirPor que o prefeito continua atrasando o salário dos professores, qual a justificativa, se é que existe, para esse desrespeito para com a nossa categoria.
P.S.: Desejo que faça uma reportagem sobre o assunto e publique nesse blog e mostre que esse veículo de comunicação é imparcial e independente quanto à política local.
Professor Paulo Ramos